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Sistema imunológico de corais


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Sistema imunológico de corais marinhos

 

Imunidade Inata

imunidade inata é o conjunto de formas de imunidade que nasce com o indivíduo, sem necessidade de introdução de substâncias ou estruturas exteriores ao organismo.

 


A imunidade inata em corais é de especial interesse para mim, não apenas no contexto autodefesa, mas também ao estabelecimento e ao colapso de sua simbiose obrigatória com os dinoflagelados do gênero Symbiodinium.

Estudos científicos afirmam que , as mudanças climáticas estão matando os corais. Para diminuirmos os danos em nossos aquários, precisamos entender como o SI (sistema imunológico) dos corais, promovem a homeostase (capacidade de manter seu meio em certa estabilidade), assim como a sua sobrevivência em condições adversas.

Precisamos entender que os SI são fornecedores ou promotores de homeostase e ou, orquestradores de relacionamentos entre:

- Hospedeiros

- Mutualistas

- Comensais e

- Patógenos de organismos multipartidos, chamados de holobiontes.

 A imunidade em seu papel principal, tem o objetivo de sustentar a saúde e a sobrevivência, resistindo a interrupções e estabelecendo o equilíbrio diante de perturbações bióticas e abióticas.

A cada compensação fisiológica , operadas por, restrições evoluídas, conduzem, em minha visão, manifestações de imunidade que passam a sustentar a resistência dos animais. Mas, tudo isso pode mudar em espaço de segundos, conduzida pela forte influência criada pelo desequilíbrio promovido pelos aquaristas dentro do seu reef.

Os corais são considerados seres mutualísticos, pela complexidade entre eles e seus parceiros. Incluindo como seu principal parceiro, podemos considerar os dinoflagelados, algas que vivem dentro de suas células permitindo que todos os associados prosperem, até mesmo em ambientes mais quentes e tropicais.

 

A homeostase desses holobiontes (soma do organismo hospedeiro e toda a sua microbiota simbiótica), depende que o sistema imunológico aceite os mutualistas, sempre vigiando os impostores enquanto gerencia a limpeza, eliminando as células mortas e selecionando e mantendo a microbiota comensal apropriada.

Quando promovemos um desequilíbrio nos nossos aquários, impactamos todo o ecossistema nele presente, e para que possamos atingir a eficácia, precisamos entender a complexidade da saúde dos holobiontes dos corais. Isso, exigirá de nós uma compreensão do papel da degradação da homeostase sob a mudança ambiental. Temos que compreender a dinâmica e as limitações da imunidade do holobionte, para assim, interpretar com certa precisão o que poderá desencadear o estresse, e entender como funciona a evolução assistida de corais mais resilientes em nossos aquários.

Um dos primeiros sinais ou sintomas apresentados por nossos animais é o branqueamento ou infecções, isso se da a resposta geral ao estresse distinta da imunidade, ou também por dano de suceptividade do holobionte presente no coral.

A imunidade é geralmente tratada como uma resposta ativa, sendo ligada ou desligada durante uma invasão. Os sistemas imunológicos podem ser vistos como ecossistemas receptores, células, vias, mediadores químicos, mutualistas, invasores e muito mais. Todo esse ecossistema irá manter a homeostase e por consequência a saúde dos animais uma vez que estejam constantemente ativos, onde irão avaliar, verificar e fazer ajustes por meio da atividade contínua normal, denominada Atividade constituinte.

Quando existe a falta de atividade imunológica aumentada na presença da microbiota normal, isso poderá nos indicar uma certa tolerância a eles, ao invés de um sistema imunológico inativo. Esse tipo de conglomerados normal de microrganismos delimita a imunidade.

Para muitos organismos, incluindo os corais, o fator estresse, promove custos fisiológicos. E podem ser expressos com a redução temporária na fecundidade e no crescimento.

Venho observando ao longo do tempo, e com base nesses artigos estudados que, para os corais, escalas de tempos variadas em relação as espécies e outras variáveis difíceis de medir em nossos aquários, dificultam bastante a minha quantificação nos custos das suas imunidades.

Acredito que a resposta ao estresse e a imunidade estão intrinsicamente ligadas e no contexto com o holobionte, provavelmente devem ser a mesma coisa.

Aprendemos que em biologia geral e na medicina veterinária a resposta ao estresse se refere a reação de LUTA OU FUGA, mediada por hormônios, mais também por resposta integrada ao estresse (ISR).

Essa resposta ao estresse celular é frequentemente caracterizada por uma explosão oxidativa na tentativa de matar os patógenos, o que leva o animal a outro tipo de estresse, o estresse oxidativo, quebrando completamente o mutualismo (CORAL-ALGA).

A exemplo de agente que promove o estrese oxidativo, está o Oxido-nítrico, presente nos corais que são expostos a águas mais quentes com sinais de infecções.

Acredito que as respostas imunes, podem ser desencadeadas quando há detecção de perigo ou por interrupção na estrutura ou função celular, ao nível de perturbações da homeostase, afetando assim a aplicação eficiente do SI.

Essas rupturas podem ocorrer por varias vias:

BIÓTICA

ABIÓTICA – OU AMBAS

EXÓGENAS – PATÓGENOS

ENDÓGENAS – CRESCIMENTO TUMORAL

INSTABILIDADE CELULAR

EX: No estresse abiótico ocorre o extravasamento dos componentes celulares, em nós isso poderia causar INFLAMAÇÃO.

Nos corais podemos considerar uma chave para a resposta ao estresse.

Nos estudos dos artigos percebi que os corais mantem receptores de reconhecimento de padrões como:

Receptore (TOLL-LIKE) que são moléculas de superfície presentes na células de defesa do hospedeiro, são responsáveis pelo reconhecimento de estruturas microbianas e na geração de sinais que levam a produção de Citocinas PRIOINFLAMATÓRIAS essenciais para ativação da resposta imune INATA.

No entanto isso poderá culminar com uma confusão. Onde a morte subsequente de micróbios pelo sistema imunológico holobionte termina desconhecendo a presença de interação mutualística e comensal especifica, causando conflitos nas respostas imunes.

A ruptura da homeostase desses animais esta combinada com as condições ambientais que podem ser interpretados por eles como PERIGO.

Assim, podemos acreditar que, como reserva energética necessária a uma resposta efetiva e para compensar os danos autoimunes, os corais e seus comensais quando são apresentados condições ambientais adversas e ou doenças, são capazes de tolerar ou resistir a uma quantidade variável de desafios a sua homeostase, tudo dependerá do seu atual estado de restrições fisiológicas, pois, seu SI pode usar estratégias de resistências ou tolerâncias para promover ao animal a adaptação na presença de uma perturbação.

Resistir a uma perturbação incorre em altos custos de curto prazo energético, onde o animal gastara muita energia para montar rapidamente uma forte resposta imune aos danos autoimunes.

Já a tolerância (RESILIÊNCIA) por outro lado, incorre em um custo energético menor, mas, de longo prazo, com isso, a resiliência nada mais é que:

ATIVIDADE IMUNE CONTINUA QUE IRÁ COMPENSAR FISIOLOGICAMENTE UMA CARGA DE DANO.

EX: ESTRESSE OXIDATIVO.

Assim, podemos concluir que a memória imunológica dos corais, pode ser definida pelo aumento da resistência após a reexposição, que é considerada um fenômeno de imunidade adaptativa.

Porém, isso pode gerar uma interpretação contrária, pois , muitos acreditam que o SI inato não é especifico, porém são respostas iniciais a infecções parasitárias especificas, que desaparecem posteriormente, fornecendo resistência após infecções.

De fato, a observação durante esses anos me mostra com base na teoria que, o SI inato dos corais pode exibir uma tolerância ou resistência, considerando que o sistema do holobionte desses animais respondem a estímulos como já citados anteriormente. A capacidade dos corais de se aclimatar e ou adaptar-se as condições mais extremas, como em nossos aquários, me leva a acreditar que isso se da potencialmente por meio da memoria imunológica e ou, treinamento imunológico, e isso traz um certo beneficio aos animais criados em cativeiro, desde que o tutor não exceda nas variáveis importantes para a manutenção da vida.

Ajudando nos esforços de restauração, conservação e manejo desses animais.

 Reef feliz, você feliz!


 

 

 

 

 

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2 comentarios


Parabéns Carol, ótimo conhecimento compartilhado !!

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Luiz Alvarenga
Luiz Alvarenga
27 feb 2023

Parabéns Carol excelente artigo

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