Olá, pessoal! Bem vindos mais uma vez ao nosso blog. Hoje vamos explorar um tema fascinante: a distribuição de micro-organismos nos tecidos dos corais. Preparem-se para descobrir como esses organismo minúsculos desempenham um papel fundamental nos nossos reefs.
Antes de mergulhamos nesse assunto, vamos entender um pouco sobre os corais e a importância deles para os ecossistemas marinhos. Os corais são animais que formam recifes, e são responsáveis por abrigar uma diversidade incrível de vida.
Os corais possuem tecidos translúcidos que são habitados por uma variedade de micro-organismos, incluindo algas unicelulares (zooxantelas) e bactérias. Esses organismos tem uma relação simbiótica com os corais, o que significa que eles se beneficiam mutuamente.
As zooxantelas são organismos fotossintéticos que vivem nos tecidos dos corais. Elas captam a luz e realizam a fotossíntese, convertendo-a em energia e nutrientes essenciais para os corais. Em troca, as zooxantelas recebem abrigo e nutrientes dos corais.
É graças às zooxantelas que os corais exibem cores vibrantes e deslumbrantes. Essa relação simbiótica é crucial para a sobrevivência dos corais e a formação de recifes.
Além das zooxantelas, os corais também vivem em simbiose com as bactérias. Essas bactérias tem diversas funções nos tecidos dos corais, incluindo a fixação de nitrogênio e a proteção contra patógenos.
As bactérias auxiliam os corais na obtenção de nutrientes essenciais, como o nitrogênio, que é um elemento vital para seu crescimento saudável. Além disso, elas desempenham um papel extremamente importante no fortalecimento do SISTEMA IMUNOLÓGICO dos corais protegendo contra doenças.
Em relação a distribuição dos micro-organismos nos tecidos dos corais, estudos têm mostrado que essa distribuição não é uniforme, variando de acordo com fatores ambientais como: temperatura, disponibilidade de nutrientes e espécies. Em aquários mais quentes é comum observarmos uma maior densidade de zooxantelas nos corais, pois eles precisam de mais energia para lidar com as condições adversas. Em contrapartida, em regiões mais frias, essa densidade pode ser menor.
E o que podemos entender com isso?
Que o ESTRESSE TÉRMICO associado a má qualidade de água, poderá favorecer a multiplicação acelerada de bactérias NOCIVAS em relação às BENÉFICAS que também possuem o papel de produzir antimicrobianos com o objetivo de proteger os corais da ação das bactérias patogênicas.
E aquela história de ANTIBIÓTICOS NO REEF?
Então vamos lá!
Vamos colocar a nossa cabeça para pensar um pouquinho, seria mesmo necessário utilizar isso em nossos reefs?
Se entendermos que: cada espécie de coral possui a sua microbiota simbiótica que além fixar nitrogênio consegue proteger o animal de micro-organismos patogênicos OPORTUNISTAS, o que estamos fazendo com nossos animais ao utilizar ANTIBIÓTICOS DE AMPLO ESPECTRO? E não somente com nossos animais, mas, com o nosso reef como um todo?
Quando lançamos mão desse tipo de medicamento, não estamos apenas matando as bactérias nocivas ao reef, estamos também MALTRATANDO E AS VEZES MATANDO NOSSOS CORAIS, pois, antibióticos de amplo espectro não possuem ESPECIFICIDADE, eles saem "varrendo" toda e qualquer microbiota, e aquelas bactérias que sobrevivem, criam "resistência" a esses princípios ativos.
Sem falar no DESCARTE DA ÁGUA, pois como já dizia Tio Gil em Procurando Nemo: "Todo esgoto vai dar no mar".
Acredito que podemos manter esse equilíbrio de forma natural, desde que estejamos realmente comprometidos com o nosso pequeno oceano e com os Oceanos mundo afora.
Não estou aqui a condenar aqueles que fazem uso, mas, conscientizar e talvez fazer entender que tudo de ruim que acontece em nossos aquários parte sempre de um DESEQUILÍBRIO.
Reef feliz, você feliz!
Lendo e aprendendo.